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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Nosso primeiro emprego no Canadá

/hihi

Olá pessoas. O ritmo da nossa nova vida não tem sido fácil. Quando consigo algum tempo livre, ou jogo um pouco de World of Warcraft ou vejo seriados pra relaxar, ou faço algum website pra ganhar um extra. Tem sido difícil manter o ritmo da postagens do blog. Mas hoje tem!



Cerca de 10 dias após chegarmos, já estava arrancando os cabelos e perdendo o sono com as finanças; a grana vai embora rápido. Aluguel, damage deposit, comida, eletrodomésticos, taxas de documentos... Sabe aquela estimativa do governo Canadense que um casal só precisa de C$ 15.000 pra  sobreviver o primeiro ano? Isso só se eles chegarem aqui e ganharem um casa com tudo dentro, E OLHE LÁ! Não confiem nessa estimativa, tragam tudo o que puderem.

Precisávamos de emprego e urgente! Entregamos alguns resumes mas não estávamos tendo resposta. Felizmente, nossa anja Aurilene (Lenny pros íntimos) nos alertou que a empresa responsável pela limpeza do aeroporto tinha perdido um funcionário e estavam "desesperados" pra contratar alguém. Conseguimos marcar um horário, levamos nossos resumes e fomos pra entrevista.

A entrevista foi quase um papo informal. Perguntaram nosso experiência com limpeza e limpar a própria casa e a de familiares bastou. Falamos sobre nossas experiências no geral, porque e como fomos pro Canadá... Disseram que iríamos fazer um teste de 2 dias pra ver se nos adequaríamos ao serviço, e depois disso a Lyara ficaria no aeroporto e eu em algum lugar. E pronto! Estávamos contratados: sem contrato, sem carteira de trabalho, apenas um "the job is yours". Depois viemos a aprender que é assim por aqui: tanto contratação quanto demissão são simples assim, algo impossível no Brasil pois tanto empregadores quanto empregados usariam de má fé.

Lyara pegou 5 horas/dia no Assumption Building (onde fica o New Brunswick Center) e eu 3 horas/dia no Eastern College. Já era um começo! E aqui costumam pagar a cada 15 dias, então em 2 semanas já teríamos nosso primeiros CADs! Os 2 dias passaram, mas nada da Lyara ir pro aeroporto... Até o presente momento, ela está no Assumption Building e eu no college. Depois ficamos sabendo que eram os FUNCIONÁRIOS do aeroporto que queriam mais uma pessoa, dizendo que estavam sobre carregados, mas a empresa em si não parece muito preocupada...
/nobigdeal

Por algum motivo bizarro, essa empresa não deposita direto na nossa conta (padrão aqui), e sim nos dão um cheque. Nele, vem detalhado o que você recebeu e o que foi descontado:

Como podem ver, comecei recebendo um pouco mais do que o minimum wage que é 10.65. Meu trabalho é relativamente leve: trocar sacos de lixo das salas e escritórios, aspirar o chão, passar o mop (algo similar ao pano de chão) e limpar o banheiro masculino, além de tirar poeira aparente de mesas e armários. Trabalho junto com uma chinesa, a Weina, que já  está aqui há bem uma década; ela tem um emprego full-time mas faz esse bico por um extra. Fazemos o serviço todo em menos de 3 horas e vamos embora. O serviço da Lyara é bem mais pesado e fazem ela trabalhar até  o último minuto das 5 horas (às vezes, passa disso).

Ficamos tentando conseguir mais horas de serviço, mas acabamos conseguindo outro part-time pra Lyara, como camareira no Delta Hotel, graças a uma feira de emprego que aconteceu no teatro da cidade, destinada a novos moradores e estudantes internacionais.. Quando coincidem os 2 empregos, ela acaba trabalhando 11 horas no dia. Morre de pena, mas além dela insistir nisso, precisamos dessa grana a mais. Ao contrário de mim, que não posso passar de 20 horas semanais, ela não tem um limite de horas. Estou "contratado" como lavador de pratos em uma pizzaria, mas dependendo do amendemnt do meu study permit chegar pra começar a trabalhar de fato.

Graças a esses 3 empregos, estamos conseguindo nos manter com uma pequena folga já! Saímos da rua da amargura com apenas 15 dias (exatos) de chegarmos aqui :D
E por hoje é só!

/bye

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Dicas e Curiosidades sobre Moncton

/hihi

Oi pessoas, além dos problemas pessoais, ter 7-8 horas de aula por dia + 3 horas de trabalho tem tornado a vida difícil, tem faltado tempo pra tudo, inclusive pro blog /sweat

Mas aqui vão pequenas dicas e observações que achei interessantes no dia a dia em Moncton:

  • Quase todo estabelecimento tem uma entrada e uma saída. Não pega bem usar elas ao contrário, todos ficam te encarando.
  • Todo banheiro tem água quente e fria.
  • TODO produto, rótulo e aviso vem nos 2 idiomas.
  • Pra entrar, você sempre puxa a porta, e pra sair, sempre empurra.
  • Aqui não usam cesto para papel higiênico nos sanitários. Eles jogam o papel usado na privada mesmo e "milagrosamente" (não é um porcaria que nem no Brasil) não entopem.
  • Como teoricamente pode chover a qualquer momento, as pessoas simplesmente não andam com guarda-chuvas na maioria das vezes. Simplesmente continuam andando, no máximo usam o hood pra cobrir a cabeça.
  • Aqui a coleta seletiva é levada super a sério. Eles usam sacos azuis para material reciclável e um verde pro resto, tanto em casa como nas empresas e repartições.
  • Muita gente tatuada e com visuais "alternativos". E não há preconceito em lugar algum. Inclusive, muitos funcionários públicos trabalhando de chinela e com várias tatuagens visíveis.
  • MUITOS restaurantes chineses, tailandeses E/OU vietnamitas
  • Os canadenses são em geral muito disciplinados e pontuais. Se a aula começa 8:30, todo mundo chega no máximo 8:20. Ninguém usa celular na aula. Chega a ser assustador.
  • O prato típico daqui é o poutine, que é basicamente batata frita com um molho e um queijo cremoso por cima. 
  • Aqui existe o costume de tirar os sapatos ao entrar em casa, como os japoneses fazem. Alguns chegam a tirar antes de entrar em casa e deixam do lado de fora!

Pretendo fazer outra lista no futuro, com mais dicas conforme por aprendendo/lembrando elas.

Por hoje, é só pessoal!
/bye


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O pior golpe possível

/hihi

Pessoal, tenho ficado um pouco ausente, mas é devido a um problema seríssimo. A "empresa" que contratamos para trazer nossos peludos nos roubou: gastou nosso dinheiro e não tem como enviar nossos pets.

Estamos completamente desolados. Foi um dinheiro levantado com muito esforço... R$ 16.000,00 para nós é muito dinheiro. Tomei todas as precauções possíveis: conferi o cnpj da empresa na receita, fizemos contrato registrado em cartório... Infelizmente, algumas pessoas são completamente desprovidas de caráter e bom senso. Estamos tentando acionar a justiça e fazer um BO através do meu pai que ficou com uma procuração para nos representar.

Estamos retomando o contato com a sysbrac e vendo a possibilidade de um amigo vir trazendo, aparentemente tem como eles virem no porão mesmo sendo braquicefálicos.  O bandido e a mãe dele se ofereceram pra devolver o dinheiro aos poucos... Obviamente não existe confiança para isso, estou vendo se devolvem alguma coisa para já ir pagando o novo envio deles.

É isso. Juntando esse problema com o início das aulas, fiquei sem cabeça para fazer as postagens que tenho em mente. Mas espero voltar à normalidade em breve, se Deus quiser, com esse problema resolvido.

/bye

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Umas palavrinhas da minha esposa

/hihi

Pessoas, essas são as primeira palavrinhas da minha esposa no blog ^^ Sei que ela escreveu isso com muito coração, assim como tudo que faz na vida.

Oi pessoas,
não sou de escrever em blogs nem ficar compartilhando muito meus sentimentos e experiências na net, mas nesse caso fiz questão de "sentar o bumbum na cadeira e escrever". Existem muitos comentários nos blogs sobre pessoas que tem sonhos e correm atrás deles, e seus maridos ou esposas? Particularmente não li nada da "outra parte do casal". Talvez pq não sou muitos de ler também blogs ou talvez pq essas pessoas não queiram se expor. A verdade é que não é fácil comprar o sonho do outro e largar tudo. É preciso um pouco de altruísmo e muito, muito amor pelo parceiro. Não sei se você que lê agora esse post vem acompanhando nossa história, pra relembrar o Thiago teve esse sonho e eu embarquei junto mas aqui não posso exercer a odontologia, pois preciso validar o diploma com algumas provas teóricas ( eu disse ALGUMAS), e uma prova prática que além de muito estudo e fluência em inglês é preciso muito dinheiro ( perto de 20mil dólares tudo, salvo engano). De modo que eu não tive que simplesmente deixar meu país, minha cultura, meus amigos, eu deixei minha profissão que amo muito,( pelo menos por um tempo) a qual passei 08 anos estudando exclusivamente e graças a Deus meus queridos pacientes lamentando minha ausência. Graças a Deus pq não tem dinheiro que pague promover saúde aos outros pra quem realmente tem vocação. E isso não tem sido nada fácil pra mim. E as dificuldades vão além...deixar sua família, seu maior tesouro no Brasil "baronil". Pra completar a dor meu primeiro sobrinhO ( tenho duas sobrinhas), primeiro filho do meu irmão nasceu e eu já estava em solo canadense.... primeiro sobrinho que não acompanhei o nascimento e não vou acompanhar muitas coisas dele e das outras duas...( baldes de lágrimas). Eita" essa criatura veio aqui pra se lamentar ?", vc deve estar pensando, mas não! Tudo isso é pra que você sinta a intensidade da dor antes de tomar essa decisão, que não é nada fácil, mas que se vc tiver coragem e "sangue no olho" eu digo, apesar de toda essa dor, venha! Vale a pena! Faz tempo que estamos adiando nossa gravidez, mas chegar aqui e ver as crianças brincando livres no parque em frente em casa, meu povo isso não tem preço! Loiro, moreno, negro, árabe, gordo, as crianças vão chegando e simplesmente se juntando e brincando umas com as outras, sem preconceito por raça, cor ou peso. Sem medo de roubo ou sequestro. São apenas crianças aproveitando um dia de verão, com a única preocupação de se divertirem. Essa tranquilidade nas ruas, essa real liberdade de ir e vir vale todo esse sacrifício. Meu filho ( que ainda não existe dentro do meu ventre mas já existe a muito tempo no meu coração) merece toda essa liberdade e eu não estou nem falando aqui de saúde e educação, que também não dá pra comparar infelizmente com o Brasil "baronil". Principalmente a educação. Então é por isso que estou escrevendo aqui. Primeiro é preciso ter muito pé no chão. Não venha achando que tudo são flores, ou flores congeladas ( piada sem graça né). Eu particularmente posso dizer que não sei o que é inverno ( em Fortaleza temos 4 estações como costumamos dizer: quintura, seca, verão e mormaço). Então não pense que será fácil encarar temperaturas negativas, nem ter a humildade de trabalhar como nível médio depois de chegar a ser "chefe". Mas tudo tem um propósito maior, a família que quero construir aqui. É por isso que se vc tem consciência das dificuldades que podem e vão vir, e mesmo assim tem a coragem de arriscar eu só tenho a lhe dizer venha. Nunca ninguém venceu sem antes lutar. E a cada dia a mais que passo aqui vou criando maior convicção de que é isso que quero pros meus filhos.

/bye

Uma volta em um supermercado de Moncton

/hihi

Aqui em Moncton, tem 3 grandes supermercados: Wallmart, Sobeys e Superstore. No geral, cada um vende de tudo, mas em termos de comprar comida, tenho gostado mais do Sobeys. Abaixo está o vídeo que fiz dando um rolezinho no Sobeys que fica ao lado da NBCC.



Espero que gostem :D
Divulguem o canal e nos ajudem a conseguir nossa url própria!

/bye

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Nosso primeiro carro em Moncton

/hihi

Como comentei aqui, o transporte público de Moncton é insuficiente para suprir todas as necessidades. Não é como uma cidade grande de verdade que tem metrô, tram, ônibus 24 horas, etc. Aqui é só busão e depende do horário. Pra ir e voltar do trabalho/college/shopping, resolve. Mas pra todo o resto, o carro é indispensável.

Após devolvermos o carro na locadora Enterprise, intensificamos nossos buscas por carros. Nos car dealers (lojinhas de carro sem ser autorizadas), não vimos nada por menos de 3000 cad, e realmente queríamos algo o mais barato possível. Demos preferência a carros japoneses pela confiabilidade, e notamos que Toyota e Honda tem uma desvalorização bem menor do que Nissan e Mazda (ou seja, são mais caros),e por isso nos concentramos nessas 2 marcas, seguindo também a sugestão do São Fábio que teve um Mazda 3 por 10 anos sem problemas.

Achamos vários carros na faixa de 2000 cad no kijiji (o ebay canadense), entramos em contato por sms e email com todos mas apenas um respondeu. Ele tinha um mazda 3 2005 automático, teoricamente à venda por ele ter comprado um carro mais novo. Ele não só respondeu com veio aqui em casa mostrar o carro. Estava incrivelmente limpo e cheiroso (coisa rara aqui no Canada), demos uma volta e parecia impecável, fora os ferrugens nas bordas - causado por porem sal na neve durante o inverno. Choramos um pouco e ele deixou por 1800. Marcamos de segunda ir ver o seguro e a transferência.






Ele nos buscou em casa e fomos na seguradora. Passamos nossos dados e habilitações e recebemos a primeira cotação: exatos 1800 cad :O Ficamos chocados e perguntamos se não tinha como baratear, ele explicou que, como a patroa não tinha habilitação canadense, seria bem mais em conta se apenas fosse condutor. Fizemos isso e já caiu pra  1200 cad! :) Depois, ela perguntou se eu teria como conseguir uma carta da minha seguradora dizendo a quanto tempo eu era coberto sem acionar o seguro, eu disse que provavelmente eu teria uns 5 anos e o seguro caiu pra 700 cad! :D Isso com a cobertura mínima, a completa seria 900 cad, parcelado em 12x. Optamos pela completa, recebemos o cartão do seguro na hora e fomos na New Brunswick Service - 770 Main Street.

Hora de fazer a transferência. Quando você compra um carro, mesmo um usado, você paga 15% de imposto. Os canadenses estavam ficando muito "brasileiros" e fazendo uma esperteza: estavam declarando um valor bem menor do que o real para pagar menos imposto. Um carro de 4000 era levado numa oficina, avaliado como 1000 e só pagava 15% disso de imposto. O governo percebeu e mudou as regras recentemente: agora existe algo semelhante à tabela FIPE do Brasil, com valores mínimos e máximos pra cada modelo. Se seu carro estiver fora desse intervalo, você soma os 2 e divide por 2, e paga 15% dessa média. Resultado: precisei pagar 500 cad de imposto + 77 de "placas". O ex-dono do carro ficou indignado e começou a reclamar, e levou um baita sermão da velhinha que nos atendia:

- O senhor acha que paga muitos impostos?  Pois vá no governo do estado e diga que abre mão da saúde pública, assim você poderá pagar 3000 quando quebrar um braço e 10.000 quando o seu filho nascer. Diga que abre mão da educação básica gratuita e pague pelo menos 2000 de mensalidade pela escola dos seus filhos! É pra isso que os impostos servem.
/sweat

Eu falei pra ela que pagava sem problemas (o que rendeu outro sermão ao cara "se ele quem vai pagar diz que está tudo bem, então por que não se cala?"), pois afinal eu via os impostos serem bem empregados aqui, que no Brasil pagava muito mais e tudo era caos. Além do fato que eu não tinha opção, reclamar não baixaria 1 centavo (isso rendeu mais um puxão de orelhas pro meu amigo reclamão). Tudo pago no débito em conta, já sai com o carro transferido na hora. Se não fosse pelo showzinho do vendedor, tudo não teria levado 5 minutos - chupa DETRAN!

Fomos dar uma carona pro vendedor, que era romeno e morava aqui há 6 anos. Ele, assim como nós, era chocado com a imundície que os canadenses deixam nos carros. Ele ainda estava reclamando dos impostos, perguntei quanto ele pagava de imposto anualmente pelo carro "só 77 dólares pelas placas, e 15% quando compro um carro". Só isso, mais nada. Expliquei pra ele como era no Brasil -  licenciamento, seguro obrigatório,  IPVA -  e como tudo isso não era revertido em nada, ai ele parou de reclamar.

Isso resume a história da compra do nosso primeiro carro :D Para mais detalhes sobre os custos e cuidados com um carro aqui em Moncton, recomendo lerem essa postagem super detalhada do BlackFlamingoes!

Por agora, é só pessoal! /byebye

Um rolê pela noite de Moncton

/hihi

Estava esperando minha patroa sair do trabalho e aproveitei pra filmar um pouquinho da vida noturna de Moncton, na região do downtown. No geral, é animada, sem ser caótica ou barulhenta. Confiram :D Ah, e por favor, sigam nosso canal no youtube :D



Por agora é só, pessoal!  /byebye

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A teia de documentos

O homem-aranha é o Canadá e você é o coitado no chão


/hihi

Uma coisa que tirou nosso juízo foram as etapas de documentação. Assim que você pisa no país e recebe seu work permit, você já pode tirar o SIN (social insurance number), até no próprio aeroporto onde você passou pela emigração (no nosso caso, Toronto), mas tivemos medo de demorar e resolvemos fazer aqui em Moncton mesmo, na 770 Main Street. Esse número mágico te permite trabalhar e ter acesso a programas do governo, como o MediCare. Sem ele, você não existe, é a informação mais básica e só deve ser fornecida a alguma empresa ou pessoal SE for solicitado.

Mas existir é diferente de ser gente. Só com o SIN você não faz muita coisa. Para assinar internet banda larga, por exemplo, você precisa ter um documento canadense com foto (driver's license ou photo id) e pra conseguir isso você precisa de 2 comprovantes de endereço - declaração do banco, contrato de aluguel ou conta de alguma utility, como banda larga... Entenderam agora o título da postagem? :D

Ou seja, assim que você pisa no Canadá, você não consegue fazer celular pós pago, não consegue contratar banda larga nem nada. Então como sobreviver? Aqui vai um pequeno guia, sigam nessa ordem:

  1. Tire seu SIN e guarde ele. Bata uma foto no seu celular pra ter o número sempre à mão e guarde o papel em casa. Eles não enviam mais o cartão de plástico, é só o papel mesmo.
  2. Compre um chip pré-pago. Muita coisa vai pedir um número de telefone canadense e nesse momento pré-pago é a sua única opção. Pegue algo com dados pra você conseguir usar o google maps. Você consegue fácil no wallmart, esqueça as lojas das operadoras, lá só tem pós-pago. (depois posto sobre telefonia)
  3. Abra uma conta no banco. Nessa etapa da vida, ande com seu passaporte, permits, habilitação brasileira e internacional e sua identidade brasileira. Com isso você consegue abrir conta no Bank of Montreal, que foi o banco que escolhemos (Em Moncton procure a Darla, ela é um amor). Peça um bank statement para ter seu primeiro Proof of Residency. Se possível, já bote seu dinheiro na conta, tudo aqui aceita débito.
  4. Alugue um lugar pra morar, que não seja airbnb. Assine o lease contract e peça uma cópia, pode ser até por email, eles aceitam que você leve impresso sem problema. Agora você tem a segunda Proof of Residency.
  5. Vá no Service da cidade (em Moncton seria na 770 Main Street) e peça sua photo id OU driver's license. Eles não emitem os 2 ao mesmo tempo. Se sua intenção for apenas conseguir contratar serviços o mais rápido possível, escolha a photo id; caso já queira adiantar sua vida e não estiver com pressa, pegue a driver's license (uma postagem mais detalhada sobre isso no futuro). Eles fazem o documento lá na hora e você já sai com ele.
  6. Pronto, agora você voltou a ser gente. Você já pode contratar banda larga e depois um plano pós pago. Recomendo fazer nessa ordem, inclusive: as operadoras dão enormes descontos na telefonia pra quem já é cliente deles na banda larga + tv + fixo.
Acho que é isso. Por hoje é só, pessoal! /bye

domingo, 21 de agosto de 2016

Nosso novo cantinho temporário

/hihi

Na correria de resolver as coisas, quando menos esperávamos, já estávamos quase saindo do lugar do airbnb! A maioria dos corretores não trabalham nos fins de semana, e já era sexta de manhã! Segunda iríamos sair de lá!!
/omg /omg /omg

Pesquisei alguns lugares no kijiji e facebook que fossem próximos da NBCC. Infelizmente, poucos responderam e pra terminar de lascar, estávamos sem carro. Felizmente, São Fábio veio ao nosso resgate: nos levou pra conhecer os poucos lugares que achei legais, nos deu dicas sobre as regiões da cidade, e ainda conseguiu arrancar um desconto do lugar que acabamos escolhendo :D

É um basement na rua katherine avenue. O lugar ainda estava bem inacabado (e ainda está), mas nos receberia na segunda feira sem problemas, e ele prometeu melhorar as instalações. Pagamos 400 de damage depoist + 500 de aluguel pelo mês, no mês seguinte pagaríamos mais 400 de damage deposit (devolvido ao final do contrato) + o valor normal do aluguel de 800, num contrato mês a mês, incluso água, aquecimento e eletricidade. Algumas fotos abaixo:








O lugar estava beeeeem zuado (muita coisa já foi melhorada), mas tem suas vantagens - bem espaçoso, aceita nossos pets, fora a vizinhança:




Felizmente, achamos um lugar mais bacana ainda, alguns dias depois. Fica na Ivan Court 13, literalmente dá pra chegar na NBCC de dois pulos de lá. É bem mais "terminado", um pouco mais barato e também aceita nossos peludos! O prédio é gerenciado pela metcap, tem que fazer um application e só depois de aprovado é que você se muda. Explicarei todo o processo em nova postagem. Devemos ir pra lá no dia 30 de setembro, até lá, ficaremos nesse basement.

Aproveitem e sigam nosso canal no youtube :D https://www.youtube.com/channel/UC26TDfB5oyKFn4HPmD4YTxg :D

Por hoje é só, pessoal! /bye

Nova vida, novas amizades

/hihi

Logo quando chegamos em Moncton, ainda no aeroporto, já fizemos uma nova amiga: Aurilene, Leny para os nativos :D
Nordestina como nós, gente muito boa! Nos deu muitas dicas sobre a vida aqui, nos levou pra conhecer a praia que tem aqui perto (tema de uma futura postagem), e graças a ela devemos estar empregados amanhã :D Peeense numa baixinha gente fina! Te amamos, criaturinha :P







Outra pessoa sensacional é o Fábio. Nos conhecemos pelo facebook no grupo de brasileiros em Moncton. Ele é dentista, assim como minha esposa, e já está validade e exercendo a odontologia aqui na cidade. Queríamos inicialmente pegar as dicas das provas com ele, mas desde que pisamos aqui, o cara foi um verdadeiro anjo em nossas vidas. Nos ajudou com basicamente tudo: nos levou para visitar casas pra alugar, fazer compras, mercantil, dicas de trânsito, qual carro comprar, como economizar... Sem ele, estaríamos dormindo no chão no momento. Estávamos vendo camas de 980 cad, e graças a ele pegamos um colchão king size por 200! Chega ser constrangedor a imensa boa vontade dele com a gente, me faltam palavras pra agradecer ele. Fora isso, um cara super bacana, humilde, com uma família linda, e ainda fez um churras pras nos receber em sua casa!
/blush /blush /blush
Minha esposa iria ser babá de seus adoráveis filhos, mas tudo indica que estaremos empregados e o horário de trabalho dela não permitirá que ela cuide deles :(




Também esbarramos na Érika e seu marido Niko no dollarama (paraíso das pechinchas, tema de futura postagem ), casal muito gente fina. A patroa trocou altas ideias com ela sobre filhos e gravidez, e com ele fiquei sabendo que tem um rachinha com direito a cerveja gelada no fim por aqui :D Infelizmente não bati foto com eles :(

Por hoje, é só pessoal! /bye

Nossa primeira experiência com a saúde pública

/hihi

Um belo dia, tive a brilhante ideia de botar uma coleira nos nossos 2 gatinhos que já estão aqui e levá-los pra dar uma volta. Um deles ficou assustado e deu uma bela dentada no braço da minha esposa, que ficou logo inchado :(

Fomos numa drug mart ver se era possível comprar um antibiótico sem prescrição, mas não pode. A atendente nos deu uma lista de clínicas com seus horários de atendimento, mas naquele momento (era bem tarde) estava tudo fechado.

No dia seguinte, ligamos pra uma delas, explicamos o caso e nos disseram que era caso de ir pra emergência do hospital, justamente o que queríamos evitar pois havíamos escutado que lá demorava. Mas enfim, fomos.

O hospital de moncton é enorme, bem maior que os de Fortaleza. Na emergência, tem duas fileiras de cadeiras pra triagem: você espera lá, é checado por uma enfermeira e ela decide se você fica lá ou vai pra casa (muita gente vai lá por qualquer bobagem). Depois da checagem, esperamos por cerca de 2 horas; pelo menos era bem confortável e estava longe de estar lotado. Nessa faixa de tempo, chamaram algumas pessoas pelo nome, nós inclusos. A enfermeira explicou que já estávamos  esperando há muito tempo, não havia previsão de quando o médico nos veria e nos deus 2 opções: continuar esperando lá ou ir para uma clínica, que inclusive ela já tinha agendado o horário pra gente. Optamos pela clínica e fomos pra lá.

Chegando na clínica, como ainda não tínhamos o cartão do medicare, tivemos que pagar 30 cad pela consulta. Não esperamos nem 2 minutos e fomos atendidos. A médica passou os antibióticos e deu uma breve explicação sobre os efeitos colaterais do tratamento e que era imprescindível fazê-lo até  o último comprimido. Convenientemente, a clínica era do lado de uma Drug Mart, inclusive havia uma porta dentro da clínica que dava acesso à farmácia! Entregamos a prescrição e a moça pediu 20 minutos pra preparar os remédios - como assim? Aqui você não compra caixas com 20 comprimidos e guarda/joga fora o que não usa, eles te dão a quantidade exata do tratamento em frasquinhos com seu nome escrito. Ao receber o remédio, a farmacêutica deu uma longa explicação sobre o que era a medicação, possíveis efeitos colaterais, quando ela começaria a ver/sentir melhorias, a importância de tomar cada comprimido... Que diferença pra Pague Menos hein? :D

E essa foi nossa primeira experiência com a saúde pública de Moncton.  Em breve, se deus quiser, teremos nossos cartões do medicare, e poderemos pedir o estorno dos 30 cad que pagamos pela consulta :D

Por hoje, é só pessoal! /bye

Moncton e suas peculiaridades

/hihi Essa postagem vai ser beeeeeeeem longa!

Moncton é a capital econômica do estado e coração da "grande moncton", que incluie dieppe e outras cidades satélites. Ela é bem mais urbana que suas "filhas", mas a paz e tranquilidade são as mesmas. Ela tem 2 ruas que eu considero principais: a Main Street, entupida de bancos, pubs, restaurantes e afins (seria o equivalente ao centro de Fortaleza, mas sem ser horrível) e a Mountain Road, que corta a cidade inteira e é onde fica NBCC.

No geral, a cidade é muito florida. A região da Main Street é chamada de DownTown, e basicamente toda esquina tem um vaso enorme com flores. Cada poste de luz tem uma bandeirinha escrito "I <3 my DownTown!". Tem uma pracinha em frente ao Banco of Montreal, que inclusive tem um piano público pra quem quiser externar o seu músico interior ^_^







Um barato no downtown: dependendo do horário, você pode esbarrar em professoras do jardim de infância day care passeando com os pequenos! São normalmente 3 professoras, cada criança é amarrada pela cintura às demais (pra evitar de alguma fugir do grupo) e as teachers vão cantarolando, falando da cidade e afins, enquanto conduzem elas pela coleira!
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Também vimos crianças passeando de bicicleta em grupo com instrutores, não sei se era atividade escolar ou de algum clubinho.


Aqui o transporte público é bom e ruim:
  • bom: os ônibus são bem confortáveis, praticamente vazios, tem wifi, você paga 2.25 (entra pela frente e bota o dinheiro numa caixa do lado do motorista) e tem direito ao transfer, um bilhete que permite pegar o próximo ônibus na próxima 1 hora de graça, e no geral cobrem a cidade toda, inclusive o Champlain Mall, o shopping da cidade que fica em Dieppe. Os motoristas, claro, ultra simpáticos.
  • ruim: só tem ônibus e eles passam meio que ao mesmo tempo e de hora em hora. Ou seja, se você pegar um ônibus pra resolver algo rápido ou tentar resolver várias coisas ao longo do dia (exemplo: quem acabou de chegar do Brasil), o ônibus é frustrante. Fora isso, eles não funcionam o dia todo, e nos fins de semana, param de rodar mais cedo ainda.

Pra ir e voltar do trabalho/college, ou dar uma boa esticada no cinema/shopping, o busão resolve numa boa. Mas você fatalmente fará o mesmo que a absurda maioria dos monctonenses: comprará um carro. É sério, a cidade tem muuuuuuuuito carro. Pra quem nunca morou fora, você verá muitos modelos que nunca viu antes, mesmo de marcas que existem no Brasil. Eu já devo ter visto uns 10 carros diferentes da Honda, e quando vou ver o modelo tem escrito "Civic"...
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Pra termos mais agilidade nessa fase de resolução de pendências, alugamos um carro. Queríamos apenas algo que andasse, mas você está sujeito à disponibilidade da locadora, e o mais simples que eles tinham era um Nissan Sentra 2015, automático e com start-stop. Fomos na Enterprise, nos cobraram 250 pelo carro + 150 de seguro (não obrigatório). Conseguimos alugar com nossa habilitação brasileira + a internacional sem problemas. Mas você precisa passar no cartão de crédito mesmo se for pagar em dinheiro, ai na volta eles devolvem o canhoto (sim, passaram o cartão no papel, que nem nos anos 80!). Um dica: alugar por 1 semana é o mesmo custo de alugar por 3 dias, ao menos na enterprise.

O trânsito aqui chega a ser uma piada, se você vem de alguma cidade grande e caótica como Fortaleza. É tudo muito tranquilo e relax, ainda não vimos uma batida nem buzina. Em 15 minutos você atravessa a cidade toda. Você sempre pode dobrar à direita (mesmo com sinal vermelho) desde que não haja risco de bater, os cruzamentos inclusive costumam ter uma entradinha própria pra isso. Pra dobrar à esquerda, normalmente você precisa esperar que o semáforo mostre uma seta verde apontando pra esquerda (mas em alguns basta estar verde e não haver perigo). Você pode dobrar à esquerda inclusive no meio de avenidas, basta procurar por brechas na listra amarela. Ao chegar em cruzamentos, você verá umas demarcações brancas no chão, parece grid de fórmula 1: nunca passe delas a menos que esteja pronto pra avançar/cruzar, os canadenses baixam o vidro e vão te dar bronca pois você estará impedindo alguém de dobrar em sentido contrário! Aqui a fiscalização é feita pela própria polícia, em seus carros brancos e novíssimos. Celular na mão? 150 cad. Mas sua maior preocupação ao dirigir aqui serão os pedestres. Eles tem prioridade absoluta e não fazem muita cerimônia antes de passar, todo mundo para eles, exceto em alguns pontos onde você precisa apertar um botão que para o trânsito pra poder passar. Você precisa estar sempre atento se tem alguém ao menos parado na calçada esperando pra passar, não parar é muito deselegante e já fui xingado por minha desatenção... Ainda estou me acostumando com isso :(
/dignose

Quanto aos horários: cada estabelecimento costuma ter uma plaquinha iluminada com seu horário de funcionamento e dias da semana, mas no geral, NADA funciona antes das 9 da manhã. ACHO que o sol nasce umas 5:30 (nunca acordei tão cedo aqui), mas nessa época do ano, só se põe lá pelas 20:30 a 21:00! É meio estranho ver tanto sol. Estabelecimentos não comerciais fecham no máximo às 17:00, restaurantes e fast food costumam funcionar até umas 22:00 no máximo, salvo raras exceções. O shopping (champlain mall)  funciona de 10 às 22, mas umas 21:30 todo mundo já  está passando a régua.

O clima aqui é meio imprevisível. Uns dias faz um sol de rachar, outros cai o mundo de água. Você precisa se acostumar a ver a previsão do dia pra se planejar. Os monctonenses não ligam muito pra chuva, eles costumam andar nela sem proteção alguma, não dão nem uma carreirinha, a menos que seja uma chuva BEM intensa.

Aqui você tem uma "farmácia" que é quase um monopólio: a Shoppers Drug Mart. Lá tem tudo, até remédios :D Comida, produtos de beleza, impressora, brinquedos... Outro canto muito conveniente é o Wallmart, que tem algumas lojas imensas na cidade. Não tem comparação com a versão brasileira: muitos produtos, muita variedade, muita qualidade. A sua maior rival aqui seria o Sobeys, mas ele não tem eletrônicos e afins, mesmo assim lá é sensacional. Mas recomendo você pesquisar pelas bodeguinhas locais, as Grocery Stores. Muito provavelmente tem uma perto de você, é perfeito para comprar produtos do dia a dia, pra fazer o almoço/janta, e você encontra muita coisa natural lá.
As lojas de conveniência dos postos de gasolina também tem bastante coisa, a Mountain Road é cheia deles. Elas inclusive tem várias máquinas com milk shake instantâneo, sucos, cafés, etc.

Por último, os monctonenses. Pense num povo simpático! É incrível a paciência e boa vontade deles com nosso inglês, parece que eles gostam de ver a gente tentar. Todos extremamente cordiais - não se espante se, ao andar pela DownTown, um estranho vindo na calçada em sentido contrário lhe der um bom dia :) Em toda lanchonete, restaurante ou loja, os atendentes estão sorrindo e perguntando como você está. Parece que estresse é algo não presente no dicionário deles. Os mais jovens adoram tatuagens e piercings, então vá se preparando caso seja alguém mais conservador.

Pra encerrar, ainda não vimos pedintes, flanelinhas nem prostitutas (mas um amigo nos falou que viu umas pela park street). O jornal local simplesmente não tem notícias de assaltos nem morte de nenhum tipo. Notícia aqui é a abertura de um salão de perucas! Precisa dizer mais alguma coisa, pra quem quer fugir da violência do Brasil?

Por hoje é só! /bye

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Nosso cantinho e primeiras impressões

Fomos MUITO bem recebidos pela Julie, nossa anfitriã do AirBnb. Nossos gatos chegaram melhores do que nós e viraram donos do lugar. Pedimos uma orientação sobre onde pedir comida delivery, recomendaram o Swiss Chalet, e a atendente foi super mega legal, teve total paciência com meu inglês, me deu boas vindas ao Canadá e conseguiu que entregassem lá, apesar de ser fora da área de entrega /wahaha Infelizmente vou ficar devendo a foto, acabei apagando /sweat Comemos e desmaiamos...

Acordamos 8:00 da manhã com uma mensagem pelo Airbnb da Julie, avisando que nossas malas chegaram 6:45 da manhã! Elas ficaram ao relento, na frente da porta, por mais de 1 hora e ninguém roubou! /shock Primeiro momento que pensei "meu deus, não estou no Brasil!" /hmm
Nossas 6 malas chegaram sem extravios. Infelizmente, a mala dos meus videogames foi arrombada pra conferência e quebraram uma das travas (mesmo tendo entrada de chave mestra) /floor

Quanta ao nosso cafofo: sofá ultra confortável, tv led a cabo, wifi de 100 megas, geladeira cheia de comida (armários também), fogão por indução elétrica (aqui não usam gás), uma cama bem macia, banheiro bem completinho, ventilador... Realmente, bem aconchegante!







Quanto à cidade, estávamos em Dieppe, uma cidade satélite de Moncton. Extremamente calma, casas sem muros nem cercas, clima gostoso... Primeiramente foi estranho ver o sol se pondo às 20:45 hehe Fora isso, o susto com as tomadas: nada do que trouxemos do Brasil funciona aqui!





Agora, sobre Moncton... O trânsito é absurdamente civilizado! Nenhuma batida ou buzina até agora! Os grandes super-mercados vendem de tudo, com uma variedade de produtos absurda, e tudo em grande quantidades (comparado com o Brasil), tipo: 3 litros de suco, 24 hambúrgueres numa caixa... Todos os vendedores estão sempre sorrindo, lhe dão bom dia / tarde / noite e perguntam como você está! Só encontrei uma senhora que não me cumprimentou e quando perguntei como estava, disse "living"... Fora isso, só alegria :D Uma variedade de carros absurda! Muitos modelos que nunca vi antes na vida. Quase todo mundo aqui tem carro, tanto pela facilidade de comprar como pela "insuficiência" do transporte público (falarei disso em outro post). Fomos no "shopping", que fica bem na fronteira de Dippe com Moncton, tem de tudo um pouco. Logo esbarramos na primeira barreira: não tem comida "comida", só fast food! Comida normal, de panela, só fazendo em casa ou indo em restaurantes mais caros (que são poucos, por sinal, falarei mais em breve...).

Bom, por hoje é só! /bye

terça-feira, 16 de agosto de 2016

A viagem

Chegou o dia e a hora! Lá vamos nós! 02 de Agosto de 2016!

Cheguei no Pinto Martins 3 horas antes, como orientado. A patroa chegou pouco depois (tinha dormido na minha sogra), a Esmeralda deu uma baita de uma cagada que impestou o aeroporto inteiro (e o banheiro onde a patroa foi limpar tudo) e logo já começou o inferno: a tam disse que eu tinha feito a reserva NO PORÃO, e não na cabine. Não daria pra mudar pra cabine, e nem tínhamos as caixas pra viajar no porão. Detalhe, eu tinha ligado na sexta feira e confirmado que estava tudo certo!

Muito estresse e nervosismo: a loja da tam disse que não podia fazer nada e mandou que ligassemos no tele atendimento, e este disse que não podia fazer nada e nos mandou irmos na loja!!  /omg
Teve uma hora que o sangue gelou: preocupado com a hora e questionando se ainda embarcariamos a tempo, a atendente disse:
- O senhor não se preocupe, não existe a possibilidade do senhor embarcar hoje.

De fato, a pior situação possível. Nessa hora, uma gerente da tam se meteu e disse que poderia fazer uma troca de porão pra cabine, caso eu aceitasse. Mas é lógico que sim! :D Detalhe, tivemos que pagar bagagem extra de mais de 1000 reais, ao invés de 150 dólares por bagagem pela viagem inteira...



Depois de todo esse estresse, nos despedimos e fomos rumo ao embarque, pois achávamos que já estava ficando tarde... Quando estávamos passando pelo detector de metais, ouvimos isso no sistema de som:
- Thiago Monteiro Barbosa e Lyara Renne Cialdine Arruda Barbosa ;  última chamada para o embarque no vôo para guarulhos! /omg

Peeeeeeeense numa carrera! Na pressa, passei a Esmeralda dentro do raio-x e todos ficaram "meu  deus, o que é isso na mala?!?".Literalmente agarramos nossas coisas e corremos para o avião, chegando na entrada, o segurança gritando no walk-talk "cancelem a busca (das bagagens), achamos eles!". Só faltávamos nós dois, nos sentamos e decolou!





Chegamos em guarulhos, batemos um pouco de perna, levamos 1 hora esperando pelas malas, despachamos elas de novo (só veríamos elas de novo em Moncton), conferimos os gatos e pensamos "vamos logo pra não nos atrasarmos de novo". Acabei passando a Esmeralda de novo no raio-x e levei um baita carão da atendente... Fomos em direção ao embarque super calmos, e quando avistamos o segurança, ouvimos de novo:
- Cancelem a busca, achamos eles!  Achamos eles! /omg





Ficamos com aquela cara de "como assim?" e tome correr pro avião de novo... Um avião enorme, com filmes, seriados e até jogos à nossa disposição! :D



7 horas de vôo... Chegamos quebrados em Nova York! Não aguentávamos mais ficar sentados! Pegamos uma fila enorme para passar pela imigração, onde conhecemos alguns brasileiros. A fila anda bem rápido. Parei para comprar uma bolinha escrito "I <3 New York", tomamos uma aguazinha e fomos logo embarcar. Nos perdemos um pouco, pegamos o trem que existe dentro do aerooporto, chegamos na estação correta e enfrentamos a "simpatia" dos estado-unidenses... Mandaram jogar nossa água no lixo, tiramos até os sapatos pra passar no raio-x (desta vez, lembrei de tirar a Esmeralda  da bolsa ) e ainda fizeram piada: "2 cats and no babies? Shame."... Foi fundamental saber falar inglês para descobrimos onde embarcar. Embarcamos dessa vez com bastante folga (fomos os primeiros), e o curioso foi que exceto por nós dois, basicamente todos no avião rumo a toronto eram chineses/japoneses... Perguntei e era uma excursão escolar! Na minha época, só tinha excursão pra guaramiranga e olhe lá!




3 horas de viagem depois e... solo canadense!


Foi um voo bem tranquilo, o avião era menos luxuoso mas ainda bem bacana! Hora passar pela entrevista da imigração. Pegamos uma agente beeeeem gentte fina e tranquila. Poucas perguntas, pediu nossos passaportes, minha carta de aceitação no college e mais nada. Já à nossa esquerda, um japinha estava sendo desossado pelo agente, num tom de voz nada amigável:

- Ok, você está dizendo que veio aqui a trabalho. Prove isso. Prove ser quem você diz que é. Qual o nome da empresa? Qual o endereço dela? Qual o nome e telefone do seu chefe? Cadê seu contrato de trabalho? Seu contra-cheque?
- Ok, eu vou ligar pra ele e tentar conseguir algo do que me pede.
- Ótimo, até lá, seu passaporte fica comigo.
- O senhor está confiscando meu passaporte?
- Sim, é assim que fazemos por aqui.

 Com o perdão do egoísmo, só consegui pensar em "ainda bem que não peguei esse agente".
Recebi meu study e work permit, e a patroa recebeu o work permit dela. Passamos na imigração dos gatos, onde apresentamos a documentação deles, demos uma conferida nas malas - as 6 estavam lá - e embarcamos rumo a Moncton... Num bi-motor do tamanho de uma pulga!






O avião sacudia mais do que um chevette subindo uma serra. Bem apertado e sem mordomia alguma. Estávamos felizes só dele se manter no ar! Chegando perto do destino, só víamos floresta e mais floresta. Me perguntei "em que fim do mundo nas brenhas fui nos meter?!"

Aterrissagem relativamente tranquila, hora de conferir as malas... Pegamos 4 super rápido, de repente a esteira parou. Fui perguntar o que houve e o funcionário da Air Canada explicou que, devido ao avião ser muito pequeno, nossas malas não couberam nele. As 2 malas restantes viriam no fim do dia, pegaram nosso endereço e ficaram de ir deixar lá :D

Na saída do setor de bagagens, comentei com o tiozinho que éramos do Brasil e ele disse que tinha uma funcionária que também era de lá! E foi assim que conhecemos a Aurilene, a simpatia em pessoa! Já foi nos dando um abraço e altas dicas! Pegamos um taxi e fomos pro lugar que alugamos no airbnb! Um lugar super bacana, mas isso fica pra outra postagem... /bye






Despedidas de última semana

Retomando o blog, depois de algumas semanas de ausência! Estivemos muito ocupados com a viagem, adaptação e resolvendo as primeiras necessidades em solo canadense!

Nossa última semana foi uma verdadeira depressão... Nossa casinha ficando totalmente vazia, deixando nossos pets com quem iria cuidar deles temporariamente, vendo os amigos uma "última" vez... Mas enfim, bola pra frente!








segunda-feira, 25 de julho de 2016

O começo do fim

Pois é, finalmente começou...  Sábado passado vieram buscar nossa sinuca. Comprei com tanto amor, fizemos 3 ceias de natal  nela, e vender ela por tão pouco, vê-la indo embora... /no

Hoje foi a nossa geladeira e o microondas... Nosso frigobar deve ficar conosco até sexta, então ele vai quebrar o galho até lá. Felizmente, coube tudo nele! Mas temos que nos apressar pra comer os congelados! :D

E assim começou a nossa última semana no Brasil. Estamos em maratona para visitar todos os amigos e familiares antes de irmos embora :D Cada despedida é uma pontada no coração, mas enfim... É necessário!

E vamos que vamos para esse Season Finale!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Morte e desespero

Essa é uma postagem desabafo e também um alerta. Desde que comecei minha pesquisa sobre emigrar pro Canadá,  minha principal referência foi os blogs de outros emigrantes. A grande maioria foca me mostrar o lado arco-íris da coisa, já outros aqui acolá alertam que não é só flores; alertam sobre o que deu errado pra eles, os problemas que enfrentaram... enfim, o lado não bonito da coisa. Essa deve ser minha primeira postagem nesse sentido.

Não sei ao certo, mas acho que começou quando minha esposa falou "a próxima vai ser a nossa última semana nessa casa". Isso meio que apertou um botão na minha cabeça. Caiu a ficha de que toda a minha vida atual estava prestes a acabar. Não sei aonde li ou ouvi isso, mas "nada desestabiliza alguém como tirar dela a sua rotina", e estou sentindo isso com força. Saber que em breve não estarei mais morando na casa que comprei com tanto amor "pretendo morar aqui até morrer". TV, geladeira... cada compra foi uma pequena conquista pra gente, e me desfazer de tudo por tão pouco... Olhar pras pessoas do cotidiano sem saber se voltarei a vê-las algum dia; as conversas no trabalho, jogar sinuca no almoço... Meus gatinhos que não irão conosco inicialmente estão extremamente apegados a mim, parece que sentem que algo estar por vir e isso só aumenta meu remorso, meu sentimento de que falhei com eles...

Tudo isso, fora talvez a pressão de estar a meses no ritmo de matar um leão por dia referente à nossa viagem, me deixou inutilizado. Passei cerca de uma semana com uma angústia imensa, vontade de chorar o tempo todo e incapaz de fazer qualquer coisa produtiva. Apenas queria ficar na minha cama, onde me sentia seguro. Fiquei à beira de um surto, procurei um psiquiatra ontem e a conclusão dele foi a mesma que eu escrevi à cima: luto pela vida atual e me sentindo esmagado pela pressão de fazer tudo dar certo. Me passou dois remédios, literalmente eles me apagaram, dormi de 7 da noite até 10 da manhã, mas acordei incrivelmente melhor. Não estou 100% ainda, mas pelo menos uns 70%. Já me sinto capaz de resolver algumas coisas pendentes da viagem, fora que a sensação de sufocamento sumiu.

Deixo esse relato como um alerta. O tempo todo no processo de emigrar eu não via a hora de ir embora e dar adeus a tudo isso, mas agora nas últimas semanas fui devastado por esse luto. Acredito não ser o único que passou ou virá a passar por algo semelhante. Tentem se preparar pra algo parecido, dividam a pressão e responsabilidades com seu conjugue e/ou família, não tentem fazer tudo só. Eu não sei o que teria sido de mim nesses últimos dias sem o suporte da minha esposa.

Tenho certeza que isso foi apenas uma etapa do processo, que um dia será apenas uma memória, talvez até carinhosa. Mas foi necessária: para uma nova vida começar, a antiga precisa morrer.
Em breve, estaremos felizes tomando um vinho em frente à nossa lareira com nossos peludos.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Envio fechado! Lá vamos nós!

Depois muita batalha e preocupação, acho que finalmente consegui a melhor solução possível para o transporte da nossa família. Fechamos com o Júnior, o cara da fila do procon, ele tem uma empresa de transporte aéreo.

Ficou em R$ 16.000,00: o transporte dos 2 cachorros e 3 gatos persas ( os não-persas ficarão com nossa tia por um tempo ) até Québec. Ele irá pessoalmente com eles, o que nos dá uma segurança a mais. O valor mais baixo, o fato de fazermos um contrato registrado em cartório e de eu ter que dirigir 800km a menos foram decisivos para fecharmos com ele ao invés da SYSBRAC.

Eles devem embarcar dia 22/08 e chegar dia 23/08, se deus assim quiser :D

Agora, só nos resta torcer para que dê tudo certo e eles cheguem sãos e salvos. Agora, os objetivos são achar uma casa que nos aceite (achamos uma pelo facebook!) e planejar a viagem Moncton - Quebec para ir buscá-los!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Correios x Mala Extra

Olá pessoas! Mais uma postagem de utilidade pública :D Estava vendo a melhor forma de levar nossos bens pessoais que não caberiam nas 2 malas a que temos direito. Fui ver 2 possibilidades: mandar pelos correios em caixas e levar malas extras no vôo. Ambas tem suas vantagens e desvantagens, mas vamos aos valores primeiro:

  1. Correios: caixas com no máximo 1 metro de altura, largura e profundidade. Até 5 quilos custa R$ 199,  10kg custa R$ 334, 15kg custa R$ 469 e 20kg custa R$ 604 - esse é o peso máximo.
  2. Mala extra: 150 USD por mala, independente do peso, podendo ser no máximo 32kg.
Os correios teria a vantagem de mandar quantas necessárias, mas é preciso fechar elas na agência, pois eles precisam conferir e listar TUDO o que vai dentro, fora o risco de ser extraviado...



A mala extra permite levar bem mais ( em termos de peso ) por um valor inferior à caixa de 20kg (R$ 495,00 na cotação de hoje), sem falar que ACHO que a chance de ser extraviada é bem menor do que a da caixa. Muito provavelmente, vamos optar por uma ou duas malas a mais.

Por hoje é só, pessoal!

terça-feira, 5 de julho de 2016

As caixas chegaram! E novidades! \o/

Isso mesmo! Chegaram as caixas de transporte dos nossos peludos! Custou uma nota e deu trabalho montar, mas agora, um problema a menos! /sweat




Também chegaram as bolsas de viagem dos pets que irão conosco na cabine!  Mas vou ficar devendo fotos por enquanto. Só ficou faltando a caixa da Linda, que comprei direto da Pettour. Essas outras achei bem mais em conta no Mercado Livre.

Fora isso, boas novas: o Júnior ( o cara que conheci na fila do PROCON ) conseguiu a viagem de todos por 24 mil! E pra Québec, que é beeeeeem mais próximo que Toronto! Mesmo assim, vamos seguir o plano de mandar os dogs + persas e só depois enviar os demais. Estamos preocupados em nos mantermos e encontrar uma casa para todos. 

28 dias e contando! Ansiedade mil!

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Licença aprovada! Novo plano pros pets!

Hoje recebi a excelente notícia de que meu pedido de licença não remunerada foi aprovado aqui na empresa! Uma preocupação a menos!





Em meio à questão financeira, tanto para pagar o envio deles como pensando em mantê-los no Canadá, resolvemos fazer da seguinte forma:

1) Iremos com 2 gatos na cabine. De forma totalmente parcial, escolhemos os mais queridos: esmeralda e kiko (sorry apolo).


2) Uma semana depois, chegarão nossos dogs. Eles ficarão por alguns dias nos meus sogros. Eles vão logo devido a serem mais apegados e carentes.






3) Com 15 dias de nossa chegada, chegarão nossos persas. Eles ficarão durante esse tempo na casa de um amigo criador, o Eliezer do gatil Sekhmet.






4) Por último, ainda sem data definida, chegarão nossos SRDs, nosso maine e nossa exótica. Eles ficarão numa tia da patroa, nossa única parente que compartilha de nosso amor pelos bichos. Assim que estivermos estabilizados, levaremos eles também!
 






Me parte o coração deixar eles pra trás por um tempo, mas além de não conseguir levantar todo esse dinheiro, tenho medo deles adoecerem ou algo do tipo e não conseguir arcar com o tratamento. Assim que estivermos empregados e confiantes financeiramente, nossa reunião acontecerá.
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Devo fazer a encomenda dos kennels (caixas de pets) esses dias, além  fechar contrato com a sysbrac!